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Sobre a Vila Nova Jaguaré
A Comunidade Vila Nova Jaguaré é uma das ocupações irregulares mais antigas de São Paulo. Registros indicam que as primeiras edificações foram construídas no início da década de 1960. Com uma área de 150 mil m2, é considerada uma das maiores favelas de São Paulo em área contínua (sem malha viária), com uma população de 12 mil habitantes, que, segundo o Atlas Socioassistencial 2104/2015 (SMADS), compreende 18.2% de habitantes de 0 a 17 anos de idade.
A renda per capita em 96% dos domicílios é de meio salário-mínimo e o bairro é considerado de alta vulnerabilidade social (IPVS 5 ou 6). A comunidade sofre com o pouco acesso a informações culturais e projetos educativos no entorno; realidade de desemprego e subemprego; convívio com tráfico de drogas, marginalidade e violência.
Quanto a população menor de idade, existem ainda crianças e adolescentes em situações de risco de rua, convivendo com trabalho infantil. O índice de evasão escolar é alto, o que eleva a taxa de analfabetismo ou dificuldade na leitura e escrita. As escolas também não oferecem atividades de entretenimento.
A pandemia, em 2020, agravou essa situação e trouxe novos desafios às famílias atendidas pelo programa:
- 15% delas tiveram um de seus membros ou alguém residente da mesma casa afetados pela COVID-19, número elevado se comparado à taxa do município em torno de 4% na época;
- 57% tiveram perda de renda; 77% possuem renda conjunta de até R$ 1.500,00, com média de 5 moradores por casa. Em muitas delas, essa renda foi alcançada devido ao recebimento do auxílio emergencial. 16 famílias entrevistadas dispunham de renda familiar inferior a 250,00 reais e não acessaram o auxílio emergencial;
- Em 34% das famílias, nenhum membro trabalhava;
- 44% dos adolescentes entrevistados não estavam acessando as atividades escolares remotas durante a pandemia.